Artigo de Opinião Tendências em proteção solar 2022

Artigo de Opinião Tendências em proteção solar 2022

Por: Ricardo Azzini

Com a rica fonte de informação que é a internet, fazendo uma simples busca no google encontramos centenas de informações sobre tendências em “Skin care” (Cuidados com a pele) e, também em “Sun Care” (Cuidados com o Sol), que é o segmento de “Skin care” que cuida dos danos causados pela radiação solar à nossa pele. No entanto, é sempre importante checar a informação em diversos websites para validar se o que você está lendo é mesmo uma tendência ou apenas propaganda de algumas marcas e/ou a opinião de alguma pessoa que se diz especialista em proteção solar e na verdade, não é.

Quando se busca sobre tendências e lançamentos em proteção solar, as palavras-chave mais encontradas são antioxidante, antiinflamatório, filtros minerais, pele sensível, ecológico, luz azul, luz infravermelho, luz visível, sensorial ou textura leve e outros.

Por que antioxidante e antiinflamatório?  De maneira resumida, esses dois conceitos estão interligados porque as radiações solares geram radicais livres na nossa pele, que por sua vez causarão danos oxidativos às nossas células, dando início à processos inflamatórios, que vão acelerar nosso processo de envelhecimento e, podem também causar danos mais profundos como alterações no DNA, principalmente aquelas relacionadas às nossas velhas conhecidas radiações UV-B e UV-A. 

No entanto, o mercado destaca hoje às novas proteções contra a luz visível e luz azul, proveniente dos ambientes onde trabalhamos, dos notebooks e dos celulares. Essas radiações são menos potentes, mas são oxidantes também e, para nos protegermos delas necessitamos de antioxidantes e de filtros solares especiais que podem refletir/absorver esta radiação. Para esta proteção são aplicados principalmente os filtros físicos, também conhecidos como filtros minerais.
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Por que filtros minerais? 

Porque estas partículas físicas têm a propriedade de refletir e absorver as radiações de maior comprimento de onda como a luz visível, azul e a radiação infravermelha.

Corroborando a este fato, existe outra tendência que é o desenvolvimento de produtos naturais e, estes filtros inorgânicos, também conhecido como minerais, são considerados mais adequados para este tipo de formulação, quando comparados com os filtros químicos de alta absorção. O desafio de trabalhar com filtros minerais é o desenvolvimento de produtos com altos FPS, com sensorial agradável e sem deixar a pele branca. 

Deste desafio nasceu outra tendência, que é a associação de pigmentos coloridos, os óxidos de ferro, comumente utilizados para o desenvolvimento de maquiagem. Assim surgiram os antigos BB, CC creams, há mais de uma década, que atualmente são mais referenciados como bases faciais fotoprotetoras ou maquiagem com proteção solar. Esses novos protetores solares com cor são uma solução muito importante para o consumidor, simplificando a rotina diária de higiene pessoal, evitando a sobreposição de produtos cosméticos além de, facilitar a vida dos pesquisadores que não tem mais a preocupação de evitar o efeito branco dos filtros minerais.

Essa combinação favoreceu também a incorporação destes produtos à rotina diária de beleza do público de pele negra, pois não era fácil para os formuladores desenvolver um protetor solar de alto FPS, com grande quantidade de pós brancos como o Dióxido de Titânio e o Oxido de Zinco, e fazer a formulação absorver rapidamente, sem deixar efeito branco na pele.

Os protetores solares minerais também atendem outras fortes tendências mencionadas acima, como o desenvolvimento de formulações para peles sensíveis e produtos mais ecológicos. 

Na verdade, essa tendência do uso de protetores solares minerais já é aplicada nos produtos infantis e para bebês, há mais de duas décadas. Desde os anos 90, os dermatologistas já recomendavam essas formulações para este público, por considerar que uma barreira física é mais segura para a pele das crianças do que o uso de filtros solares químicos que podem permear a delgada pele destes consumidores, já que existem publicações científicas demonstrando a presença destas moléculas na urina de usuários de fotoprotetores.

Além disso, existem alguns estudos recentes demonstrando a contaminação de ambientes marinhos por algumas destas moléculas químicas causando alterações da flora destes ambientes.

Devido a todos estes fatores, os filtros solares minerais, ou “bloqueadores solares” como algumas legislações determinam são, com toda certeza, a mais atual tendência em proteção solar, juntamente com o uso de antioxidantes. 

Essa combinação busca proteger a pele contra os efeitos danosos das radiações UV, luz visível, luz azul e radiação infravermelha enquanto que, os antioxidantes tem a função de cuidar da pele, neutralizando os radicais livres e desacelerando o processo de envelhecimento cutâneo.

Ricardo Azzini

Proprietário da Razzini Especialidades Químicas

Gerente de Negócios da Innovacos Corp. para América Latina

Farmacêutico-Bioquímico formado pela UNIFAL-MG e Mestre em Tecnologia de Cosméticos pela USP-SP. Pós-graduado em Tecnologia de Cosméticos pela Universidade Sagrado Coração, Bauru e pela Associação Brasileira de Cosmetologia. Especialização em Tecnologia de Cosméticos pela AFAR Araraquara/UNESP. MBA em Gestão de Negócios pela ESAMC-Campinas e quase 20 anos de experiência técnico-comercial no mercado cosmético sul americano, tendo trabalhado para empresas referências neste mercado como BASF, CRODA, Grupo EMS Farmacêutica, Hallstar e Galena. Membro do Conselho da Associação Brasileira de Cosmetologia-ABC, atualmente é proprietário da Razzini Especialidades Químicas e gerente de negócios da Innovacos Corporation para América Latina. 

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