Guerra contra o formol

O uso do formol em processos de tratamento capilar já foi reconhecido como altamente prejudicial para a saúde em vários mercados do mundo. Tanto que no Brasil e, em muitos outros mercados, o uso do formaldeído - um produto químico altamente tóxico – foi proibido para essas aplicações.

Mas, nos Estados Unidos, esse ingrediente continua fazendo parte de formulações de produtos utilizados e comercializados em salões de cabeleireiros e, também, em lojas especializadas e pela internet. A reclamação veio da organização Enviromental Working Group (EWG), que atua nas áreas de saúde pública e meio-ambiente.

As escovas brasileiras, chamadas lá de Brazilian Blowout, por conta da marca mais popular desse tipo de produto nos EUA, levam em sua formulação, atualmente, algo entre 3% e 7% de formaldeído. Em 2012, a GIB LLC, dona da Brazilian Blowout, foi obrigada pela justiça a mudar a fórmula original do produto, que carregava impressionantes 11,8% de formaldeído.
A titulo de comparação, no Brasil o uso do formaldeído em formulações cosméticos como conservante é liberado e, relativamente, comum. Mas o limite permitido para o seu uso nesses casos é de 0,2%. O formaldeído também desencadeia reações alérgicas em quem usa e aplica.

A venda livre acontece apesar do reconhecimento do problema. Já em 2007, a FDA, concluíu que o uso de formaldeído em formulações para alisamento dos cabelos é um perigo para a saúde pública. E, em 2012, o próprio governo norte-americano o classificou como carcinogéneo humano.

Para a EWG, é preciso uma reforma da lei federal dos Estados Unidos que permite acabar com o uso do ingrediente tóxico em produtos alisadores de cabelo. De acordo com a entidade, caso aprovado o projeto de lei Feinstein-Collins, modernizaria a legislação que rege a política de saúde em produtos de beleza do país e iria obrigar as empresas a garantir que suas formulações são seguras antes de comercializá-las. De acordo com a entidade, isso daria à FDA mais ferramentas para proteger o público e o poder de banir esses produtos tóxicos do mercado.

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