O primeiro trimestre de 2020 viu o mercado de beleza realizar 26 transações de Fusões e Aquisições, segundo o levantamento realizado pelo banco de investimento norte-americano Intrepid. O resultado representa uma queda de 7% em relação ao primeiro trimestre de 2019 e de 13% ao forte movimento do último trimestre do ano passado.

As operações seguem sendo, em sua maioria, realizadas por compradores estratégicos (quando uma empresa adquire a outra). No período, a Colgate adiquiriu a disruptiva marca de produtos de higiene oral Hello (criada por Craig Dubitsky, na foto acima); a P&G fechou a compra do clube de assinaturas de produtos de depilação para mulheres Billie; e a Beiersdorf, dona da Nivea, comprou a marca alemã de produtos naturais para a pele Stop The Water While Using Me!.

Nos três primeiros meses do ano, a maior parte das operações foi realizada por valores inferiores a US$ 250 milhões.

Com a maioria das atividades de M&A foi interrompida no final de março, por conta do avanço da pandemia na Europa e nas Américas, a maioria dos processos de fusão e aquisição ficou em suspenso, seja pelas incertezas sobre os resultados financeiros, opções de financiamento ou pela impossibilidade de as partes de encontrarem pessoalmente para fechar o negócio.

Para o segundo trimestre, o banco acredita numa queda drástica na atividade de fusões e aquisições de marcas de beleza com impacto para o restante do ano. Ao mesmo tempo, o Intrepid continua otimista de que a recuperação do ambiente social e econômico se dará num nível mais rápido do que em outras crises.

Os banqueiros tambpem acreditam que as transações no mercado de beleza irão se beneficiar de uma carteira robusta de acordos pré-COVID-19, liderada por grandes comrpadores estratégicos, que mantém o apetite contínuo e os olhares atentos para uma longa lista de marcas de produtos de beleza de alto crescimento, que não foram tão afetadas pela pandemia ou que poderão se beneficiar das mudanças sociais e tecnológicas que estão sendo aceleradas por conta dela.