The Body Shop continua a promover comércio com comunidades em Ruanda

The Body Shop continua a promover comércio com comunidades em Ruanda
A The Body Shop, marca inglesa de cosméticos naturais que chegou ao Brasil em 2014, é responsável pelo programa Community Trade, ou Comércio com Comunidades, criado em 1987, que consiste na compra de acessórios ou ingredientes naturais das comunidades produtoras, muitas delas com histórico de marginalidade social ou econômica em diversos países. O preço pago pela marca por essas matérias-primas permite que as comunidades se desenvolvam social e economicamente, dando perspectiva de futuro às famílias que têm a agricultura como uma das principais fontes de renda.

O programa analisa os custos reais e justos da produção, ao contrário da prática que usa o poder do comprador para reduzir os preços em negociações convencionais. O preço pago pelo programa é de 1,5 a 2 vezes acima do que é pago no mercado tradicional.

"A The Body Shop acredita que as empresas têm a responsabilidade de usar o comércio não apenas para ganhar dinheiro, mas ter uma influência positiva no mundo. Como um negócio global, trocamos com as comunidades locais, muitas vezes em áreas remotas, que normalmente não teriam a chance de negociar diretamente com empresas como nós. Nosso compromisso é negociar com consciência", explica Mark Davis, diretor global de abastecimento da marca.

Atualmente, a companhia compra 24 ingredientes e mais de 25 acessórios de 31 comunidades presentes em 23 países, que empregam mais de 20 mil trabalhadores e geram renda para mais de 320 mil beneficiários ao redor do mundo. No Brasil, são três comunidades que produzem três matérias-primas: Capanema (interior do Paraná), que produz óleo de soja; Sertãozinho (interior de São Paulo), produtora de álcool orgânico, e Lago do Junco (interior do Maranhão), onde é produzido o óleo de babaçu.

Hoje, 94% dos produtos da The Body Shop contêm ingredientes provenientes destas comunidades. Em 2016, a companhia anunciou um compromisso global com 14 metas sustentáveis a serem cumpridas até 2020. Dentre elas, duplicar o número de ingredientes do programa, chegando a cerca de 40, além de assegurar que 100% dos ingredientes naturais sejam rastreáveis e de origem sustentável, protegendo 10 mil hectares de floresta e outros habitats.

"O comércio com comunidades é o cerne da nossa ambição de sermos o negócio global mais ético e sustentável do mundo", diz Davis.
A comunidade de Moringa conta com 832 fazendeiros independentes, ou de cooperativas e associações de seis províncias diferentes. O relacionamento com essa comunidade começou em 2015, mas ela integrou oficialmente ao programa com a linha de Body Yogurts, em 2018.

Com oportunidades de emprego limitadas nessas áreas, o plantio é a principal fonte de renda para as comunidades e como a Moringa é seca e resistente, ela garante uma renda segura aos fazendeiros.

Mais de 800 mil africanos, originários de Ruanda foram assassinados em 1994 em um período de 100 dias. O genocídio impactou toda a população e ainda gera reflexos no cotidiano.

Ruanda é um ótimo exemplo de país que pode superar o sofrimento e se reerguer. O Comércio com Comunidades oferece uma renda estável para muitas pessoas que foram afetadas pelo conflito. A marca foi pioneira em agregar a Moringa como componente principal de uma de suas linhas desde 2010.

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